terça-feira, fevereiro 28

As crónicas de Merdia. - nomeado para 7 Baías!


cronicas
Originally uploaded by antitripa.
Caríssimos Bi-Campeões Nacionais, “os afundáveis” e re-coincidentes…

Havia uma terra simpática, acolhedora, invicta. Nessa terra havia uma nódoa…uma masmorra, condenada a largos dias com 100 anos de luxúria, corrupção, mas sempre…sempre sob a forma de coincidências. O carcereiro dessa masmorra e o seu alquimista eram os grandes fabricadores de coincidências. Sabia-se que quem acedesse a comprovar tais coincidências por eles fabricadas, teria a recompensa merecida, que ia desde viagens a reinos tropicais até relógios de ouro.

Certo dia apareceu num reino Luzidio, um cavaleiro que sabia demais, um cavaleiro que conhecia bem todos os meandros da masmorra, todos os mais fedorentos segredos da masmorra do reino azul. Recordava até peças intimas de uma salamandra que se tinha tornado a dona da masmorra. Nem os mais suaves e simpáticos feitiços conseguiriam demover o fedor a pestilência que emanava de qualquer recanto dessa salamandra.

Várias coincidências foram fabricadas durante muito anos, anos esses de peste e ilusão, anos esses que serviram para o alquimista tomar conta do pobre, diminuto e fraco cérebro de todos os simpatizantes de coincidências. Que passaram todos a arfar e grunhir exactamente o que ia na malévola poita que morava dentro da caixa corneana do carcereiro, do alquimista e do animal de estimação, um moribundo dragão. A salamandra essa, continuava a dar a pele…e a mudá-la com humidade putrefacta em todos os recantos da masmorra.

Um dia quiseram fabricar mais uma coincidência. Iam ter uma batalha em terras do sul, no reino Luzidio, então misturaram no mesmo caldeirão a pele do carcereiro, a pele do alquimista, a pele dum foragido dum reino vizinho que tomava conta de vários negócios (que apadrinhou aquela coincidência), a pele dum responsável legal dos que comprovam essas coincidências (e vão a reinos tropicais), mexeram tudo muito bem e saiu um mediador dum reino do Sado…mais um…fabricado….
Mas havia um problema…o cavaleiro do reino luzidio já sabia do plano…entrou em acção e demoveu todos os seus nobres e valorosos cavaleiros a lutar de forma a que esse mediador sadino não tivesse forma de usar a sua arma…o terrível apito, que era umas vezes azul, outras dourado, dependia da coincidência poe eles fabricada.

A batalha decorreu demolidora, os cavaleiros do reino luzidio, humilharam os do reino moribundo. A coincidência só não resultou pois para além do golpe de misericórdia ter chegado de forma alada…rsss….não houve chance sequer de a fazer resultar…batalhou-se até com a mão dentro de uma certa áreaimpediram-se irregularmente valentes guerreiros vermelhos de chegar ao objectivo dentro dessa mesma área…mas o mediador não quis ver…temia que a coincidência não acontecesse…sabia que tinha a recompensa em risco, porém nunca tivera ocasião de fazê-la resultar…os cabaleiros azuis eram demasiado fracos…não ajudaram o mediador…a coincidência desta vez estava condenada ao fracasso….

A batalha passou, mas o alquimista, o carcereiro, o foragido e a salamandra andam a fabricar já mais algumas possíveis coincidências…mas agora é diferente…todos sabemos!

O futuro é simples, as coincidências continuarão a ser fabricadas, embora agora há quem saiba o segredo delas… agora de forma a comprovar que largos dias tiveram 100 mil corrupções, 100 mil actos de luxúria……100 mil formas da salamandra ganhar a vida até dominar o reino…100 vergonha, 100 orgulho, 100 dignidade…

Acabaram de ler “As crónicas de mérdia”....a história dramática duma terra que estava (erradamente) condenada a viver ligada á má fama duma masmorra, duma puta e de corruptos!