terça-feira, maio 27

Jorge Valdano o panteão da Verdade

Caríssimos,

lembro-me bem dos tempos em que um Professor meu Universitário, exigia que toda a minha turma coleccionasse os cadernos do Valdano e com razão. Era um apaixonado pelas crónicas do génio. Génio no campo, génio na escrita. Poucos se podem gabar desse estatuto.

Para mim também o é. Também me apaixonei pela escrita do Senhor.

Jorge Valdano aprendeu a interpretar muito bem o Futebol na sua essência e acima de tudo é de um rigor absoluto naquilo que escreve e/ou diz. Aprendi muito com os Cadernos que editou.
A minucia e o rigor do seu futebol foi transportada para a sua escrita. No campo por vezes fazia pensar uma coisa e executava outra e estava sempre lá. Nem sempre jogava o que parecia ter jogado. Era astuto e enganava os adversários com meia escrita. Continua igual.

Numa palestra há poucos dias, cá no Norte teve uma das afirmações mais geniais que já lhe ouvi: "O Porto é o reino da organização". Soberbo Jorge! Astuto! Sublime! Rigoroso e verdadeiro.

Conseguiu numa frase concluir aquilo que andamos já há uns tempos aqui a demonstrar.

Quem não parece ter gostado muito desta afirmação foram as outras organizações: A N'drangheta, a Camorra,a Cosa Nostra, etc, etc, etc.

Bravo Valdano.