terça-feira, novembro 11

E se o Estrela fizer greve?

O eloquente “caso” do Estrela da Amadora, ao qual eu já fizera, antes, uma breve referência, por considerar que o “garrote” imposto pelo Polvo aos clubes representados na Liga é, a par da manipulação, de décadas, de toda a pirâmide da arbitragem (obra do “Bando dos 4 Pintos”), a segunda “chave mestra” para a deturpação da Verdade Desportiva, pode bem rebentar esta semana, justamente a anteceder o desafio calendarizado para a Catedral.

Ouvir o Presidente do Sindicato dos Jogadores a invocar esse motivo especial – o de estarmos nas vésperas do Benfica – Estrela, para reforçar o incentivo à greve dos da Amadora, ouvi-lo e ter de concordar com ele, já é só mais um episódio esperado nesta tragicomédia que, indo muito além do simpático clube da Reboleira, mantém em “coma profundo” o nosso Futebol.

“É a cobertura dos mérdia assegurada”, dirão uns, enquanto outros argumentarão que “já que o mais certo seria perderem o encontro ...”.

Pois eu decidi escrever sobre o assunto, para manifestar a minha total oposição a tais pseudoargumentos (e isto já para não falar dos dramas pessoais que a insolvência de tantos clubes origina)!

O que pensarão os adeptos da Briosa, que acaba de ser eliminada (e bem) da Taça pelo Estrela? E o que dirão os adeptos dos clubes despromovidos na época anterior, na eventualidade de viverem de acordo com as respectivas posses e honrarem os seus compromissos financeiros? Ou os de outros clubes que, estando na Vitalis e exercendo uma gestão rigorosa, teriam o direito de reclamar a promoção à Sagres?

Pior que tudo isso, é a minha certeza de que, a acontecer a greve, lá vai este Campeonato ficar nos anais como o do “estrelagate”, já que a esmagadora maioria dos anti Benfica, ao invés de comentarem o tremendo problema que está sobre a mesa, vão satisfazer-se em vomitar que “nos foram oferecidos 3 pontos”.

Por todos os motivos e, essencialmente, pela sempre reiterada Superioridade Moral, muito eu gostaria que, em caso de greve, a Direcção do Glorioso conseguisse acordar um adiamento do desafio, desde que fosse encontrada uma nova data que não prejudicasse o Benfica.

Confesso que até gosto de ouvir os anti a referirem o “estorilgate”, para se desculparem de terem perdido o nosso último título, sobretudo por se esquecerem (eu não vos digo que os, pouquitos, neurónios deles dão para muito pouco) das tantas épocas a fio em que vários clubes (sobretudo do Norte) jogaram fora dos seus estádios a mando dos oliveirinhas e para poderem ter os seus jogos transmitidos pela TV.

O que já me preocupa e muito, é que esta situação de generalizada insolvência de tantos clubes da 1ª Liga é ... a lama pútrida de que o Polvo gosta!

Longe de mim a intenção de lançar labéus contra os nossos adversários (atletas, dirigentes ou quaisquer outros), mas, sem o fazer, julgo que é dever de inteligência alertar para a questão, sobretudo quando têm proliferado os “sintomas” (estas últimas lesões, estranhas na origem e estranhíssimas nas recuperações, por mero exemplo ... recente).

Na África lusófona, é comum a expressão “o cabrito come onde está amarrado” (por cá temos o ditado na sua versão mais actualizada: “o peidoso fussa onde preside”) e a sabedoria popular não é conhecida pelos seus erros.

Mas, acima de tudo, resolvi escolher este tema porque ele é mais um símbolo (a juntar às xistralhadas, olarapiadas e quejandas) do estado calamitoso e comatoso a que os “dirigentes” deixaram chegar o nosso Futebol!

O Jornalista Rui Cartaxana escreveu, há dias, um belo artigo a propósito dos financiamentos a clubes da Madeira pelo seu Governo Regional, para pôr a nú mais uma forma de falseamento da Verdade Desportiva

Aqui mesmo, nesta Tribuna da Verdade, dos Valores e dos Ideais Desportivos, vários dos nossos Companheiros têm feito exactamente o mesmo, nomeadamente quando, baseando-se no Relatório anual do Tribunal de Contas, desmascararam a golpada da “engenharia financeira” que suportou a construção do “cabrão” de contumil.

Sabemos que o Governo está, nestes aspectos, reduzido a uma mera magistratura de influência. Sabemos que, pelos seus Estatutos, as Direcções da Federação (FPF) e da Liga pouco ou nada podem fazer.

Neste campo das opções estruturantes do nosso Futebol, o poder está nas Assembleias Gerais (quer na FPF, quer na Liga) e, por isso, eu digo que com o Velho Sporting algemado e amordaçado, o Glorioso tem de fazer ouvir a sua Voz!

A cambada que já provou não ser capaz de reanimar o nosso Futebol, pelo menos os dois Presidentes das Assembleias Gerais da Liga e da FPF (qual deles o pior) ... TÊM DE SER APEADOS!

De que adianta discutir questões de “lana caprina”, de que serve andar, como alguns, a pôr-se em bicos de pés, de que servem afirmações sobre derrotas apaixonadas, quando ... HÁ ISTO PARA FAZER?

Profissionalizar estes apitadores? Haveria de rir-me, ... se não fosse trágico!

Está na hora de substituir a maioria dos Dirigentes cujos nomes ficarão na História como de corruptos e/ou seus coniventes!

Está na hora de libertar os Árbitros do que os obriga aos “critérios largos” que ocasionam fissuras nos peróneos dos melhores Artistas da bola (o Paixão parece ter-se “soltado” ... e foi o que se viu!), à “falta de sorte”, à “miopia de mais de 20 dioptrias”, ou, mais simplesmente, de quem os seleccionou como os mais incompetentes e incapazes.

Quanto ao Futuro, não vejo melhor agenda: estes temas e APOIAR O BENFICA!

Quanto ao passado e ao presente, este extraordinário ANTITRIPA vai continuar a fazer recuar as trevas, para que se veja a ... VERDADE!

Viva o Benfica!