segunda-feira, fevereiro 23

A DANÇA DAS BRUXAS

Na década de 70, a peste futebólica, trazida do Norte do País, devasta o Portugal futebolístico, vai para trinta anos.
No decurso desses trinta anos, aparecem surtos cíclicos, que começam por volta de Agosto/Setembro, e normalmente vao até Maio/Junho.A catástrofe, tem as dimensoes de um apócalipse (fim do mundo futeboleiro).
Alimenta-se a paranóia (a mania da perseguiçao) do domínio de Lisboa sobre o Porto, primeiro, e depois sobre o Norte e, o que faz falta é um bode expiatório.
Este é encontrado no seio de todos os clubes de futebol, e dá pelo nome de Benfica.
De repente, demoniza-se um um vetusto Clube Popular, o que faz com que os seus Adeptos façam uma longa e penosa travessia do deserto.
Os boatos que vao neste sentido, sao lançados nos jornais, merecendo tanto crédito como os relatos de pessoas que afirmam que extra-terrestres os arrastaram para o interior do seu Ovni.
Mas o mestre do C.A.C.A., o nazi Joseph Goebels, disse e com toda a razao, que uma mentira mil vezes repetida passa a ser verdade.
Na sua tentativa de desgraçar o Benfica, serve-se o C.A.C.A. , da peste dos boatos das mentirolas, e das "análises" de um grupo de entendidos na matéria futeboleira.
Sendo o futebol um fenómeno social, e nao sendo uma ciência exacta, tem um grupo de ajudantes: os comentadores que pululam um pouco por tudo o que é meio de comunicaçao.
O que importa , brandindo a bandeira do anti-Benfiquismo torpe e primário, arranjar um "tacho", auferir um chorudo vencimento, e arvorar-se em entendidos, sem que nunca tenham vestido sequer um equipamento de futebol, saídos das universidades onde terminaram o curso, entre bebedeiras e copianços.
E pouco importa que às leis do futebol, olhem como um Palácio para um boi.
É que um boi a olhar para um Palácio ainda vê alguma coisa, mesmo sem perceber.
Afinal, o jornalismo é o retrato deste cada vez mais triste País.
A catástrofe desta peste, torna-se o grande catalizador do fim do futebol em Portugal.
O despovoamento dos estádios, causado por manobras subterrâneas, causa nos já poucos assistentes a esses espectáculos um sentimento de frustraçao que como diria Jô Soares no seu "Planeta dos Macacos" estao mexendo no meu bolso.
No último jogo que as Águias competiram, houve de tudo, até um very light assassino, uma agressao a um funcionário, que transportava os equipamentos, querem lá ver que os sumissos lagartos queriam que os Nossos jogassem nús?
Será que assim sairiam mais satisfeitas as suas próprias donzelas?
E como nao podia deixar de ser, um árbitro ladrao e corrupto, habilidoso chico-esperto, cuja táctica de marcar faltas só para um lado, e permitir agressoes aos jogadores do Benfica, teve como prémio da belíssima arbritagem, uma chamada a arbitrar na Champions.
Houve pois de tudo, agressoes vesgas da força pública, que nao quis actuar no caso do nosso Roupeiro nem no caso do very light.
Nao quis mesmo.
Matéria para isso tinha, e muita.