quarta-feira, junho 3

NOTAS SOLTAS

O papa condenado

O futebol português é único no mundo. É único porque é o único que tem um papa. É único porque é o único papa que foi condenado por ser batoteiro e corrupto, ou por tentar sê-lo, se preferirem o eufemismo.
É um papa que comanda e mancha de vergonha um clube, fazendo-o condenar também por actos exclusivamente seus. Comanda um clube mas vive em função de outro e com razão. O seu clube é pequenino, regional e sempre o impressionou a Grandeza do Glorioso Benfica. Como nunca lhe pode sequer fazer sombra, é um despeitado como o é todo o espécime de ser que é pequenino, provinciano, pacóvio e parolo, demonstrando toda a sua imbecilidade sempre que abre a caverna do vómito da aldrabice.
Pois este papa da batota e condenado queria jogar a final da Taça de Portugal no Estádio da Luz. É certo, num dos seus raros momentos de tacanhez, sonhou um dia jogar uma final num Estádio a sério, num Estádio grandioso, e não num arremedo e seu covil de batotice onde já disputou três finais e perdeu duas.
Imaginou-se de novo a jogar uma final da Taça de Portugal com o Glorioso Benfica. E como perdeu todas as anteriores que disputou frente ao clube que é a sua assombração, mesmo a que disputou no seu covil, pensou que, num Estádio tão imponente e majestoso, talvez invertesse o rumo da História, daquela História que ele, papa condenado, por mais escrevinhadores que arregimente não consegue ludibriar. Em oito ou nove finais que o seu clubezito regional e condenado também disputou com o Glorioso, em sete ou oito vezes viu a Taça de Portugal por um canudo.
Curiosamente, só venceu a primeira, já lá vai quase um século. Perdeu todas as restantes.

Queiroz e os burros

Queiroz é um aprendiz de treinador de pessoas graúdas. Se com a miudagem conseguiu alguma coisa, com muita sorte porque dispôs de um lote de jogadores de eleição e o pouco saber dos bancos de escola, com gente crescida não tem passado de uma misérrima representação. É certo que ele se tem julgado alguém, embora corrido de todos os lados por onde passou. Perdão, com uma excepção. Não foi corrido do lugar de criado do nosso Sir, porque um Sir que se preze não é Sir sem um criado. E parece que desempenhou mais ou menos essa função. Pelo menos, não foi dela despedido.
Talvez por isso, por ter sido criado de sua majestade Sir Alex se tenha convencido de que agora, com a selecção, é que era. É que era mas já não foi, por muito que nos continuem a zumbir aos ouvidos de que agora é que vai ser. Já é tarde.
Talvez por se sentir coberto pelo papa condenado, se tenha julgado um sapiente. Por isso, quando lhe perguntam quem vai ser, desta vez, o guardião da selecção, responde de modo rezingão e melindrado:

«Não nos façam de burros! Sabem bem que será o Eduardo»

Aquele Eduardo, lembram-se, que deu um frango monumental na Taça UEFA e eliminou a sua equipa! Ou aquele Eduardo que, contra o Glorioso Benfica, foi um herói a defender!...
É claro que Queiroz tem toda a razão! Quem pretende fazer de burro quem já é burro apenas está a ser burro também!

O arquitecto da ignorância e da profecia bacoca

Era muito conhecido pelas calinadas que escrevinhava como editoriais de cariz político quando era director do expresso. As críticas às suas patacoadas pseudo sapientes eram em catadupa.
Estão a ver as credenciais apropriadas a cronista do record, com a devida vénia por dois cronistas que naquele jornaleco estão perfeitamente deslocados, como são Domingos Amaral e Miguel Góis.
Diz-se do Belenenses e não tem uma palavra para o seu clube, com salários em atraso, debaixo das patas do papa condenado, submisso, lançado para a segunda. Nada que o comova! Quer que as suas patacoadas pacóvias sejam ouvidas. E, para isso, só tem um clube, o Glorioso. É mais um que só liga aos Grandes, aos Enormes. E, como em Portugal só há UM, O Glorioso Benfica e mais nenhum, é com ele que tenta passar o tempo do seu escrevinhar.
Por conseguinte, as suas calinadas proféticas e ignorantes continuam. Profetizou a vinda de Jesus para o Benfica, gabando-se de ter sido a primeira pessoa a fazer tão profética profecia. E sublinha mais profecias, tantas quantas a sua ignorância lhe alcança:

«É no entanto preferível que Jesus fique onde está, porque será mais fácil ser campeão com o SC Braga do que com o SL Benfica»
«Quantos treinadores já vimos falhar na Luz?»

Pacóvio e bacoco, nem contas sabe fazer. De facto, já muitos treinadores falharam na Luz. Mas muitos mais falharam em todos os outros clubes. Vejamos, senhor profeta da ignorância.
O SL Benfica ganhou 31 campeonatos. Mais algum clube em Portugal ganhou tantos como ele?
O FC Porto ganhou apenas 24. O seu Belenenses ganhou apenas um, o Braga não ganhou nenhum.
O SL Benfica ganhou 24 Taças de Portugal. Mais algum clube ganhou tantas como ele?
O FC do Porto ganhou 14. Quantas ganhou o Belenenses? E o Braga? Muitíssimo menos!
Afinal, onde é que tem sido mais fácil ganhar campeonatos e taças?

Alguém disse certa vez que o Benfica é um grande clube nas vitórias, mas ainda consegue ser maior nas derrotas. Mesmo nessas alturas, e até mais nessas alturas, todas as atenções, em especial as dos rivais, se viram para o Glorioso Sport Lisboa e Benfica, onde tudo ganha uma dimensão digna do Maior Clube do Mundo.
E os pasquins, avençados, supostos jornalistas, comentaristas e opinadores fazem fila e atropelam-se nas suas magicações para disputarem o prémio dos profetas da mentira, da ignorância, da pacovice e do provincianismo bacoco.