quinta-feira, março 25

Sempre em frente..., sempre em frente...

Depois das cambalhotas e manigâncias de Gonçalves Pereira, presidente do anterior CJ da FPF - acolitado por Costa Amorim, adepto do grémio condenado por corrupção e um dos mais activos deputados na realização do já célebre e lamentável jantar de desagravo ao presidente do dito grémio, na Assembleia da República - posteriormente arrasado por autoridade insuspeita em matéria de Direito através de um parecer jurídico que ninguém de bom senso e ética ousou contestar e que Gilberto Madaíl teve de engolir como se fosse um elefante vivo, eis que a federação, sob o beneplácito de próprio Madaíl, tratou de substituir o antigo CJ por um outro muito mais refinado, que não tem feito outra coisa senão revogar muitas das decisões condenatórias da CD da Liga – colocando-a constantemente em xeque - quando se trata do clube condenado por corrupção ou de elementos a si ligados, e confirmar ou agravar aquelas que dizem respeito ao Glorioso. Os exemplos mais flagrantes são a manutenção das penas de Cardozo e de Javi García, e a pior delas todas, que foi a atribuição profundamente injusta do título de campeão nacional de juniores do ano passado ao Çeportén, inculpando e condenando exclusivamente o Benfica e os seus adeptos dos desacatos em Alcochete, ilibando inexplicàvelmente e por completo, os adeptos do outro clube que atiraram pedras aos Benfiquistas que estavam prestes a chegar ao recinto de jogo, com a agravante dos primeiros já estarem nas bancadas e òbviamente, terem premeditadamente municiado os seus bolsos dessas mesmas pedras para as arremessar a quem nessa altura passava pelo caminho em baixo, - adeptos Benfiquistas – provas, que as imagens de várias televisões confirmam e mostram inequìvoca e factualmente.

A corrupção, a trapaça e o revanchismo grassam no futebol e com estes mais recentes acontecimentos ganham novamente terreno neste Portugal futeboleiro sob a passividade e a complacência da autoridade governamental com responsabilidades na matéria. É mais que evidente este laxismo, quase que diria por conveniência.
Depois da reprovação do regime jurídico pelas associações de futebol, com aquela que é presidida por Lourenço Pinto – uma tenebrosa figura mais que conhecida no mundo do futebol indígena e actualmente presidente da associação de futebol do Porto e membro do conselho consultivo do clube condenado por corrupção – à cabeça, Laurentino Dias vem agora passar a mão pelo pêlo do dito grémio ao isentar de IRS os donativos que lhe são entregues, em regime de mecenato, compensando assim de uma forma indirecta, o impacto que a sua decisão da suspensão do “estatuto de utilidade pública da FPF” teve junto de elementos afectos ao referido grémio. Não esqueçamos que quando foi reprovado o regime jurídico pelas associações e que implicou a decisão governamental mencionada, Lourenço Pinto regozijou-se e de que maneira, com a deliberação dessa assembleia da FPF sendo ele um dos mais acérrimos contestatários à aprovação desse regime jurídico para a FPF, exigido pelo governo.

Mas, voltando ao tema principal, afinal quem são, actualmente, os membros do Conselho de Justiça da FPF?
Alguém aqui sabe quem são estas “peças” que já mostraram e demonstraram a vitalidade do “sistema” implantado no futebol português há quase trinta anos?
Qual foi o pêso de Gilberto Madaíl na escolha destes elementos?

O facto, é que Hermínio Loureiro, presidente da Liga de Futebol profissional, sportinguista assumido, mas até agora insuspeito e intocável – ainda bem que não é do Glorioso – em função da precipitação dos acontecimentos de hoje, se demitiu ao fim da tarde.
A Liga, na pessoa do seu presidente, constante e contìnuamente desautorizada por um órgão da FPF viciado e inquinado, sedento de révanche, não resistiu. Não resistiu a tanta diatribe e a tanta humilhação. A deliberação de hoje do CJ da FPF foi a gota de água. Foi como tivessem posto sobre o pescoço de Hermínio Loureiro as patas corruptas azuis e broncas da vingança. Laçaram-no!
A marabunta azul e bronca vendo eminente a sua própria queda, em função da categórica ascensão desportiva do Benfica e na sua sede louca e desvairada de se apoderar de tudo e de todos, querendo manter o íniquo status quo de há mais de vinte e cinco anos, lançou todos os seus trunfos para a mesa, todos eles escondidos na manga, fruto de um contínuo treino batoteiro. E hoje conseguiu um dos seus intentos. Os caminhos ínvios continuam a prevalecer e só uma verdadeira insurreição ou revolução dos que pugnam pela Verdade Desportiva poderá pôr cobro a este despautério e aviltamento.

A questão em causa foi a pena aplicada pela CD da Liga aos dois jogadores do clube condenado por corrupção, pelos seus comportamentos agressores, nos acessos aos balneários após jogo da Luz, entre o Benfica e o seu grémio, e a sua fundamentação.
Por incrível que pareça, não estão em causa as agressões dos jogadores aos “stewards”, mas sim, se os “stewards” são ou não parte integrante do jogo, sendo esta a fundamentação principal do recurso para o CJ feito pelo grémio condenado.
O que se conclui, é que para a CD da Liga são e para o CJ da FPF não. Como se sabe, esta era a única hipótese das penas serem reduzidas. E assim, a pena foi dos “80 para os 8”, sendo que, num país a sério e não do terceiro mundo como o nosso, a pena seria de “800”. Sem espinhas!
E o mais grave é que ninguém do clube condenado por corrupção condenou até agora, os comportamentos dos jogadores em causa, justificando sempre as suas atitudes reprováveis e condenáveis, com as pressupostas “provocações” dos “stewards”!
Vergonhoso e miserável! Um reflexo da esmerada “organização”, em tudo equivalente aos mafiosos processos sicilianos conhecidos de longa data. Um reflexo dos baixos princípios e péssimos valores que pautam aquela subterrânea colectividade e seus caninos prosélitos.
O objectivo foi sempre sacudir responsabilidades e culpas, atribuindo-as se possível a outros, neste caso aos “stewards”, com a suas pressupostas provocações e ao Benfica – uma acusação que se constituiria como demencial e ridícula, mas que foi insistentemente martelada pela cambada de parasitas infectos que abundam nos media e por notáveis azuis corruptos. Mas, por mais paradoxal que pareça, por cenas parecidas, já o Glorioso foi condenado outrora. Alguns energúmenos afectos ao grémio corrupto num jogo na Luz, lançaram cadeiras e todo o tipo de objectos que tinham à mão atingindo pais e crianças. O culpado foi o Clube, sendo penalizado e multado por não garantir a segurança devida no seu estádio. Surrealista, mas é a verdade, não se esqueçam!
O grémio corrupto continua a manter tudo minado. A corja azul corrupta continua a mexer-se impunemente.
Para esta gentalha, alvo de chacota e gozo na Europa e no Mundo, e que envergonha Portugal e em especial o seu Norte, o “crime” continua a compensar.
Só falta, agora, mais uma vigília para “santificar” os grosseiros infractores e agressores.
A corja azul corrupta acusa Ricardo Costa, presidente da CD da Liga, de ser benfiquista, pois nunca lhe perdoará a corajosa afronta que foi a condenação do seu grémio e do seu presidente por corrupção tentada.
E este presidente do CJ e o respectivo conselho? Serão a encarnação de Madre Teresa de Calcutá e da sua irmandade?
Lá que o hábito desta irmandade é azul e branco, lá isso é!

GRÃO VASCO