quarta-feira, junho 17

Maxi contra a memória selectiva

Como todos sabemos, neste país o jornalismo é fraco, muito fraco mesmo. E em especial os jornalistas desportivos são tudo aquilo que não deviam ser: tendenciosos, manipuladores e maus profissionais. Assim sendo estão sempre dispostos a mostrar a sua vergonhosa dualidade de tratamento mediante a cor do clube perante determinados factos: ou branqueiam ou exploram até á exaustão. Existem muitos exemplos disto, como foi o caso da confissão do Casagrande do uso de doping no fcp, ou do dirigente que apareceu morto com um tiro no estádio do dragão. Tudo tratado como banalidades. Mas sempre com uma questão pertinente por trás: e se fosse com o BENFICA?
O mesmo se passa quando alguém ligado a um clube finge que não conhece o passado e usa os jornalistas deste país para, através da memória selectiva, manipular a opinião pública. Aconteceu nos últimos dias com o dirigente gágá e com as suas desgastadas declarações sobre arbitragens. E claro, os jornalistas, em vez de confrontarem esse mesmo dirigente com o facto de ser o clube mais beneficiado da história do futebol, não, baixam os cornos e tomam nota do que ele diz, como se fosse a maior das verdades.
A sorte é que cada vez mais é difícil branquear factos indesmentíveis. E desta vez até foi um profissional de futebol a fazer o trabalho dos jornalistas:

"Querem tirar mérito ao que fez o Benfica, que foi primeiro desde a 5.ª jornada, mas esquecem-se que perdemos um campeonato por causa de um árbitro auxiliar, que disse estar distraído e não assinalou um fora de jogo a Maicon."


"Depois fomos jogar com a Académica e não nos assinalaram uma grande penalidade."


"É incrível. Todos os anos foi a mesma coisa contra o FC Porto."

Claro que para os jornalistas fracos deste país o que interessa das declarações do Maxi é que não fecha a porta a porkos azuis e merda verde... falar em factos que esses próprios jornalistas querem encobrir não dá jeito nenhum...